De desenganado a medalhista: jovem supera coma, volta a correr e conquista pódio: ‘foi como renascer'

  • 19/10/2025
(Foto: Reprodução)
Arthur Felipe Pinheiro de Barros, de 33 anos, voltou a correr após passar mal enquanto corria na rua em Itanhaém (SP) Arquivo Pessoal O jovem Arthur Felipe Pinheiro de Barros, de 33 anos, chegou a ser desenganado por médicos após sofrer uma parada cardiorrespiratória grave enquanto corria em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Ele ficou um mês internado, sendo nove dias em coma, mas contrariou os prognósticos e reaprendeu a falar, ler, escrever e andar. Mais do que isso, Arthur voltou a correr e, inclusive, conquistou a segunda colocação de uma corrida na categoria Pessoa com Deficiência (PCD). A condição do jovem foi denominada como morte súbita abortada. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), isto acontece quando a morte decorrente de uma arritmia grave é evitada graças à detecção precoce e conduta eficiente. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Hoje, Arthur ainda vive com sequelas cognitivas causadas pela falta de oxigênio no cérebro, como a perda de memória recente. Ele considera a corrida um renascimento, proporcionado pelo cardiodesfibrilador implantável (CDI) que possui no tórax, implantado pela equipe médica para evitar novas arritmias. “Voltar a correr foi como renascer. Me disseram que eu talvez nunca mais andasse direito, quem dirá correr. Foram dias de dor, medo e muita luta. O desfibrilador me deu uma nova chance. Quando consegui dar meus primeiros passos, parecia impossível chegar até aqui”, disse ao g1. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O relato do jovem foi intermediado pela esposa dele, Gabrielle Zach de Barros, que precisa auxiliar o marido em tudo devido às sequelas, mas faz isso com muito amor. “Eu o vi entre a vida e a morte. Vi os médicos balançando a cabeça sem esperança, e vi também a força que ele teve para lutar. Cada sessão de fisioterapia, cada pequeno avanço, era uma conquista para nós dois. É um milagre vê-lo sorrindo, correndo e vivendo”, disse Gabrielle. De acordo com ela, o marido ainda tem receio de correr porque foi assim que passou mal e teve a vida transformada. No entanto, Arthur não quis abandonar a corrida e encontrou um jeito de sentir segurança: usa um relógio que controla os batimentos cardíacos e, quando necessário, diminui o ritmo do exercício. “Cada corrida é uma vitória, um lembrete de que a vida me deu uma segunda oportunidade”, disse o jovem. Arthur teve sequelas e conta com ajuda da esposa Gabrielle e da filha Arquivo Pessoal Emoção de mãe A psicóloga Eliana Rita Pinheiro de Barros, mãe de Arthur, se emocionou com a participação dele na corrida do dia 4 de outubro. Segundo ela, foi difícil controlar os sentimentos ao ver o filho correndo, ou seja, fazendo o mesmo quando passou mal e quase morreu. “Eu tive um pouquinho de ansiedade, fiquei com medo de alguma coisa acontecer. Fiquei um tanto tensa e, quando acabou, me deu um alívio fora do comum”, afirmou, dizendo que passou grande parte da competição apreensiva, mas confiante em Deus. "Eu fiquei preocupada e tentei compensar esse medo, essa ansiedade, essa angústia, com oração, com pensamentos positivos”, explicou. Eliana Rita acompanhou a corria do filho emocionada Arquivo Pessoal Morte súbita abortada Arthur teve uma morte súbita abortada em fevereiro de 2024, enquanto corria na rua. Na ocasião, o fisioterapeuta Thiago Nunes Basso foi quem detectou a parada cardiorrespiratória e iniciou prontamente as manobras de reanimação. Basso estava a caminho da casa de um paciente quando ficou sabendo da situação e teve o auxílio da soldado PM do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) Ariane de Lucas, que estava de folga e passava pelo local. “Em nenhum momento os dois desistiram do meu filho, ficaram até o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] chegar”, explicou Eliana. Segundo a mãe, Arthur teve seis ciclos de parada cardiorrespiratória até chegar ao hospital, quando foi entubado. “Pediram 24 horas, 48, 72 horas e assim foi para pensar numa recuperação, já que a lesão tinha sido muito, muito forte”, relembrou Eliana. Recuperação Arthur chegou a ser transferido para um hospital em Praia Grande e, depois, em Santos, onde foi implantado o CDI. De acordo com Eliana, o início da descoberta das sequelas foi muito difícil, mas o apoio da família foi fundamental para a recuperação do filho. Ela garante que nunca questionou Deus e sequer esperava grandes progressos no início do tratamento, pois os médicos tinham deixado claro que seria muito difícil. Quando acordou do coma, Arthur reencontrou os dois agentes que o salvaram em Itanhaém (SP). Veja abaixo como foi o reencontro: Homem acorda do coma e reencontra guarda-vidas que o salvou em Itanhaém (SP) Eliana chegou a adquirir uma cama hospitalar com a nora, mas a compra precisou ser cancelada por conta do desenvolvimento de Arthur. "Não tinha um prognóstico bom, era muito incerto, então a gente foi trabalhando em cima daquilo que a gente achava que estava ali. Não que a gente perdesse a fé ou que a achasse que não melhoraria, mas a gente estava trabalhando com o que tinha [...]. A gente sempre pensou em oferecer o melhor para ele ter uma qualidade de vida e, nesse oferecer o melhor, ele foi se superando”, relembrou a mãe Em seis meses com diversas terapias diárias, Arthur voltou a andar, ler e falar, mesmo com dificuldade. “Em um ano, ele já tinha recuperado um pouco da memória”, disse Eliana. Arthur voltou a correr e, inclusive, conquistou a segunda colocação de uma corrida na categoria Pessoa com Deficiência (PCD). Agora, a mãe diz que ele tem outro desafio, uma caminhada de agradecimento. "A neuroplasticidade é uma coisa maravilhosa. O cérebro nos surpreende a todo dia [...]. Dia 21 de outubro, iremos fazer o caminho da fé. Ele que se prontificou a ir. Já fiz duas vezes, agora vou levar o milagre”, disse ela. Arthur Felipe Pinheiro de Barros, de 33 anos, recuperou parte motora com muitas terapias Arquivo Pessoal

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/10/19/de-desenganado-a-medalhista-jovem-supera-coma-volta-a-correr-e-conquista-podio-foi-como-renascer.ghtml


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